
Em 07 agosto de 2006 foi criada a Lei Maria da Penha para proteger e amparar as mulheres contra a violência de gênero.
Já se vai 16 anos de muita luta, ação e informação para vencermos essa sociedade patriarcal e machista.
Ainda estamos longe de termos paz por sermos mulheres, mas já se faz algum tipo de justiça desde que a lei foi criada e temos como recorrer aos nossos direitos.
Nos últimos tempos temos assistido a temática da violência doméstica ganhando bastante espaço nos meios de comunicação, muitos são os casos, eles aparecem quase que diariamente e infelizmente aos montes. São mulheres, crianças, adolescentes e famílias em sofrimento.
Parte dos homens autores de violência doméstica contra a mulher possuem um “semblante que mascara”, são profissionais bem conceituados, pessoas cordiais na vizinhança, no trabalho, no espaço público, sem antecedentes criminais, possuem uma identidade de “bons sujeitos” como eu costumo dizer: Ele não é um monstro.
Estes mesmos agressores perante autoridades desqualificam suas companheiras, esposas, lhes acusam de estarem “loucas”, mentem e manipulam, desta forma, não costuma ser fácil para mulher comprovar as violências sofridas.
O medo, a vergonha e o isolamento social são fatores que dificultam a mulher de procurar ajuda, contudo é preciso romper o silêncio, falar com alguém de confiança, se fortalecer para conseguir afastar-se de um relacionamento abusivo ou tóxico.
Em 2021 a cada 7 horas 1 mulher foi vítima de feminicídio e a cada 10 minutos vítima de estupro, ainda é assustador conviver com esses números, mas não devemos nos calar, este mês entregarei um material rico e aprofundado no tema, vamos falar sobre as formas de abusos e de manipulação, pois muitas de nós nem sabe o que é realmente o abuso e onde ele inicia, muitas de nós não sabe nem se quer o que denunciar para nos protegermos desses números, é possível nos defender só precisamos saber a hora e como.
Frases como essa: "Se ela não for minha, não será de mais ninguém" pode até parecer amor, mas é abuso, não é por acaso que este é o titulo do meu livro que também foi lançado em agosto de 2020.
Adriana Caeiro
Terapeuta de Relacionamento, Escritora e Palestrante
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