Temos que parar de Romantizar ou Endemoniar o agressor.
Ele não é um príncipe e nem um MONSTRO, ele é uma pessoa normal, ele está entre nós, é simpático, engraçado, profissional, amigo e carismático.
Ele é o ator famoso e bom moço da TV. Ele é o deputado, vereador, governador, etc... que tem muitos votos e alguns anos de serviço à sociedade. Ele é o empresário cheio de funcionários e responsabilidades. Ele é o líder espiritual que medita com milhares de pessoas às 6h da manhã. Ele é o médico respeitado e condecorado em sua área de atuação. Ele é o cantor que leva multidões a ouvir letras de amor. Ele é o professor, o técnico dos seus filhos. Ele é o coach de relacionamento, ele é um homem normal e está por aí vivendo e se relacionando.
Ele se disfarça, ele manipula, cria cenários de homem de bem, longe de qualquer suspeita.
Ele tem aliados, mas SEMPRE deixa SINAIS e um dia a casa cai, e é aí que ele vira o COITADO pra tentar manter a figura de bom moço, ainda que todas as provas e evidências estejam na mesa.
O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking do feminicídio, um país em que, a cada minuto 8 mulheres são agredidas e talvez esse número comprove que ele não é um MONSTRO, porque monstro a gente detecta, a gente corre, a gente não se relaciona, a gente rejeita.
Agora um homem normal que te conquista, que te enche de amor no primeiro momento da relação, você não imagina que depois ele vai te desmerecer, te xingar, te bater, te enlouquecer.
Nem Príncipe! Nem Monstro!
Fiquem atentas.
Adriana Caeiro Escritora e Terapeuta
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