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Foto do escritorAdriana Caeiro

Como dispensar um embuste da sua vida?


Como você sabe Helena queria saber como deveria terminar a relação com o embuste importado e eu disse a ela que não dava pra ela falar tudo que pensava.


Ela não queria se desgastar emocionalmente também, queria tudo o menos doloroso possível.


Aquele cara de uma maneira muito sutil estava fazendo com que ela se sentisse culpada, afinal, um cara sozinho no país, sem amigos, que havia saído de um relacionamento difícil, né? Sim, a essa altura do campeonato a Helena já sabia que a história dele com a famosa “ex louca” era pra lá de furada. Mas lembra do que falei? O abusador te enreda!


Para Helena a parte racional dizia que aquilo tudo era lorota, mas outra parte sentia culpa por abandonar o cara num momento difícil. Mas eu lembrei a ela que ela nem conhecia esse cara!


Então, abandonar exatamente o que, se na verdade entre eles não existia nada?


Ela voltou a si e eu então a instruí sobre como terminar com o embuste.


Anota essa, amiga! Se você precisar terminar com um abusador um dia, não perca seu tempo tentando fazê-lo cair em si. Ele nunca vai mudar.


O narcisista/abusivo nunca muda! Então, o que Helena disse para rapaz é que ela havia se equivocado e que ele era uma pessoa muito boa, ainda mais depois de tanta tristeza, e que ele merecia uma mulher muito bacana, pois, ela não poderia se dedicar tanto àquela relação.


Desse jeitinho. Suave e deixando o narcisista/abusivo tranquilo de que sua máscara não caiu.


Para alívio dela, pois eu já sabia que seria assim, ele aceitou numa boa. Foi super amistoso e sugeriu que se ela quisesse eles poderiam continuar se encontrando sem compromisso.


Helena desconversou. Perto do final daquela semana ele tentou ligar para ela, Helena não atendeu. Ele foi deixando de entrar em contato.


Quando a Helena fez o primeiro contato me perguntando o que eu achava de ela ir encontrar esse cara, mesmo sentindo que poderia ser mais um abusador, eu disse a ela que ela só saberia se passasse pela experiência.


Eu sabia que ela estava segura, e, disse também que talvez ela descobrisse uma Helena que talvez ela nem sonhasse que existisse. O que ficou pra ela de marcante nessa experiência com o boy lixo, depois do processo terapêutico que a havia fortalecido, foi que ela havia passado a vida toda pensando que tinha algo faltando em sua vida.


Foi só depois de ter vislumbrado o que seria sua vida naquele tipo de relação que ela conseguiu entender o valor da paz, da liberdade e da autonomia que ela havia lutado tanto para conquistar.


Antes daquela experiência ela nunca parecia apreciar o agora. Era uma coisa como: “ah no dia que eu tiver alguém”. Você já deve ter sentido isso, né, amiga?


Pois é, Helena sentiu e hoje está livre desse sentimento. E não é que ela não queira achar alguém legal, mas ela só sabe que não precisa, ela tem tudo. Você também tem.


Mas, voltando ao embuste, eu já falei várias vezes que o abusador NUNCA vai embora, né? Pois é.


O de Helena certo dia voltou. Quer descobrir como ela reagiu?


Te conto semana que vem!


Adriana Caeiro

Terapeuta de Relacionamento e Escritora.



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